A joia é um adorno que está presente na humanidade desde os tempos primórdios. Então, as joias e os acessórios foram se configurando como acessórios fundamentais da cultura humana. Por isso, nesse post vamos falar um pouco sobre a história das joias e explicar sua importância ao longo dos anos.

Papel das joias para os humanos

Antes de contar a história das joias, é bom ressaltar que esses acessórios estão presentes na vida dos humanos desde os tempos mais remotos. Para produzir manualmente os acessórios, os humanos usavam recursos que eles dispunham no momento como pedras, madeira, pérolas, conchas, dentes de animais. A partir disso, adornos corporais eram feitos com diferentes propósitos.

Brincos antigos

Basicamente, o uso dessas joias se resume nos seguintes aspectos:

  • Crenças e mitologias
  • Símbolo de proteção
  • Comunicação entre o grupo
  • Status social
  • Fins práticos

Então, as peças eram usadas com esses propósitos práticos desde o princípio da existência dos homens. Hoje em dia, embora as joias sejam usadas principalmente como um adorno estético, ainda podemos notar que o uso de adornos é uma herança transmitida de civilização à civilização. E ainda assim, está presente em diversas culturas, por isso demonstra que o desejo pelos adornos é uma característica humana.

História das joias

Desde quando o humano passou a ter experiências simbólicas, a incorporação das joias é valorizada. Isso se destacou ainda mais, quando os humanos se aprimoraram nas técnicas de manuseio do metal. Sabendo tudo isso previamente, é mais fácil compreender quais significados as joias foram adquirindo ao longo da história.

História das joias ao longo dos anos

Assim como toda história que é contada, é difícil achar um ponto de partida e origem das joias. Sabe-se que o homem pré histórico já se adornava com propósito de se proteger. A partir disso é difícil mapear sem uma perspectiva hegemônica os lugares onde as joias estiveram presentes.

É notável que civilizações indígenas e tribos africanas já dão importância aos adornos corporais a milhares de anos. Antes mesmo de essas peças ganharem a conotação de joias. Mas a partir de um momento onde a valorização do ouro se intensifica, as joias ganham um outro sentido e passam a ser conhecidas por representarem riquezas e status social.

História das joias

Por isso, vamos mencionar algumas civilizações em que há registros sobre a confecção e manuseio das peças a partir do conceito de joalheria que conhecemos hoje. Ainda assim, nesse percurso vamos mencionar civilizações que tiveram uma relação de proximidade com o ouro intensa, inclusive com apelo religioso. Lembrando que o ouro, um dos metais fundamentais para produção de joias até hoje, já é explorado há mais de 6 mil anos.

Então, confira a história das joias ao longo dos anos:

Indígenas situados na região da Colômbia

Há mais de 4 mil anos antes da Era Comum, tribos indígenas, localizadas na região que hoje é a Colômbia, foram umas das pioneiras no manuseio do ouro. Além de esculturas lindas, os índios criavam adornos corporais exuberantes, principalmente para os caciques.

Eles acreditavam que o ouro era um material místico e devido à sua semelhança com o sol, acreditava-se que através do ouro era possível se comunicar com o deus do sol. Hoje em dia, em Bogotá há o Museu do Ouro, que preserva essas peças remanescentes, descobertas após os invasores chegarem ao país.

História das joias

Joias dos egípcios

Os egípcios são conhecidos pela vaidade e deles herdamos muitos hábitos. O uso das joias como adornos corporais é um desses hábitos. Embora tivesse a questão estética e, principalmente, social, os egípcios também usavam joias para se proteger.

Inclusive, o olho de horus, que posteriormente influenciou o olho grego. Além disso, joias que são icônicas hoje em dia nas principais joalherias tem como referências os egípcios. Entre essas influências, podemos citar as joias de serpentes e as joias de insetos.

História das joias

Joias gregas

Diferente dos egípcios, os gregos não eram muito luxuosos. De modo geral eles eram mais modestos em suas produções. Mesmo que tivessem uma produção artística mais sofisticada em termos de percepção, seus acessórios não eram tão deslumbrantes como os egípcios. Ainda assim, os gregos incorporaram o uso de colares, braceletes e brincos.

História das joiasJoias etruscas

A partir de 8 a.C., os povos etruscos eram extremamente desenvolvidos para época em vários sentidos. Eles foram um dos primeiros povos a explorarem minas de ferro, prata, cobre. Além disso, eles desenvolviam várias oficinas para a produção de materiais, entre eles artigos decorativos.

Além de mineradores e criadores das peças, os etruscos eram grandes apreciadores de joias. Anos após o desaparecimento da civilização etrusca, a partir de escavações, foram encontradas diversas joias totalmente preservadas.

História das joias

Joias romanas

A princípio a relação dos romanos com metais nobres como o ouro existia mais no sentido da valorização do metal como uma fonte de renda para guerras. Porém, alguns anos após esse contato com o ouro, o metal passou a ser utilizado também para a produção de acessórios. Especialmente, para marcar o status do seu povo.

História das joias

Idade média

A idade média foi um período rico para a joalheria. Nela pedras preciosas como esmeraldas, safiras, pérolas e rubis passaram a ser incorporada às peças. Além disso, foi nessa época também que surgiram os primeiros ourives.

Devido a maior abrangência religiosa, tendo Deus no centro de tudo, as joias com essa temática passaram a ter grande aderência pela população. Entretanto, como as joias serviam para reforçar as classes sociais, havia regras para o uso dos adornos. Foi nessa época também que surgiram as pedras facetadas, o conceito de lapidação e a técnica de esmaltação das joias.

História das joias

Joias bizantinas

A época bizantina preservou as principais características da Idade Média. As joias religiosas tinham muito destaque e adesão por parte das pessoas. Além disso, algumas técnicas foram desenvolvidas como:

  • Policromia- quando se usa várias cores na mesma figura
  • Filigrana- quando se cria desenhos e formas a partir de fios ultra finos de metal
História das joias

Joias góticas

O estilo gótico é muito marcado na arte, especialmente, através da arquitetura. A crença do Deus superior faz com que as obras arquitetônicas tenham como princípio a ideia de verticalidade, ou seja, tudo apontando para cima. E foram essas ideias que influenciaram as peças dessa época. As joias passam a ser mais longilíneas e anguladas.

História das joias

Período do renascimento

Até esse período quem tinha maior poder de influencia na joalheria era a igreja. No Renascimento tudo mudou! Quem começa a ditar as regras é a burguesia, por isso foi um período de efervescência para as joias.

Os ourives passaram a ser vistos como artistas e as peças desenvolvidas possuíam uma estética mais refinada. As joias passaram a fazer parte do estilo das pessoas. Além disso, outro fator que colaborou para o desenvolvimento da ourivesaria, foi a exploração dos metais preciosos nos países colonizados.

História das joias

Joias barrocas

As joias barrocas são marcadas pelo aperfeiçoamento da lapidação e pela mudança da conotação das joias. As peças continuam sendo símbolo de muita riqueza e status. Entretanto, os símbolos em destaque não são mais os temas religiosos, mas sim os relacionados a natureza como as flores.

História das joias

Período Rococó

História das joias

O Rococó foi um período riquíssimo para a joalheria. A lapidação continuou evoluindo e passaram a criar composições com as joias. Além de desenvolverem peças que servem de referência até hoje como as joias coloridas e as joias assimétricas. Um detalhe que é importante ressaltar é que no Rococó é o momento em que as joias ganham o conceito de peças de luxo.

Neoclássico

Nesse período as joias voltam a buscar referências nos estilos grego e romano. Além disso, são desenvolvidas peças com o conceito de moldura. Portanto, além das joias terem a gema principal, ainda havia a incorporação de lapidação de gemas menores no entorno das peças. Nessa época os camafeus se destacaram.

História das joias

Art Noveau

Assim como a história é cíclica, a história da joalheria também é. Foi no período neo clássico em que se recuperou a produção das joias através de matérias primas mais simples como marfim e vidro. Nessa época a inspiração para as composições vinha da natureza.

História das joias

Art Decó

Nessa época as joias passaram a ter uma aparência mais moderna vinda de influências, do cubismo, do abstrato e da Escola de Bauhaus. Além disso, as peças passam a ser feitas de materiais mais simples. Por conta da Guerra Mundial, e das quantidades menores do fornecimento de gemas, nessa época abre-se o mercado das bijuterias e desenvolve-se esse conceito.

História das joias

E graças a todas essas evoluções ao longo da história, hoje podemos desfrutar de peças lindas. Embora as joias continuem marcando o status social, hoje o acesso às semijoias e as bijuterias permitem que quase todas as fatias sociais tenham peças com ótima qualidade e preços acessíveis.

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